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sexta-feira, 5 de novembro de 2010

A minha moto (parte 3)

Uma das vítimas das mentiras dela foi a minha moto. Eu tinha de pará-la pelo menos a um quarteirão de distância da casa dela para evitar suspeitas. Mesmo com cadeado, o bairro era muito mal frequentado e passagem de alguns elementos bem assustadores, logo eu sempre tinha medo me roubarem a moto. Mas eu não tinha escolha.
Um dia, quando voltei pra pegar minha moto, havia um blilhete nela: "um carro derrubou sua moto e eu levantei ela." Esse tombo detonou com ela. 
Me recordo que a Sra. E. Rocha me ajudou com o orçamento da manutenção, mas ainda ficou muito caro. Nessa época, eu já queria trocar de moto, mas o medo de ser roubado, me empediu. Eu preferia que o prejuizo fosse menor.
Quando finalmente troquei de moto, usava um escapamento silencioso, ao invés do barulhento, que havia vindo com ela e eu gostava mais. A certo ponto, já não aguentava mais e troquei pro escapamento que eu gostava mais, e era bem mais barulhento. Dava pra me ouvir chegando de longe, ainda mais naquelas ruas vazias. O pai dela desconfiou. E eu sofri com as indiretas.
O problema disso é que ela já sabia que eu era motociclista, e gostava disso. Não tinha plano de, tão cedo, comprar um carro. M. Rocha chegpou ao ponto de me dizer a frase: "eu não acredito que em quase três anos de namoro você não teve dinheiro pra comprar um carro!" Por algum raio de motivo, ela achava que eu tinha essa obrigação!!! Essa última foi uma das coisas que fez transbordar o copo.