Estamos escrevendo aqui o máximo que podemos. Nas tags vocês, visitantes, poderão encontrar os assuntos, separadamente, para facilitar a cada um ler o que sentir vontade.

domingo, 7 de novembro de 2010

O terreno

A casa deles era cheia de mimos e excessos que eles mal podiam pagar. O pai já tinha planos pra ela: que ela se casasse, e se mudasse pra uma tal casa que eles tinham plano de começar a construir, em breve. Todo tempo que passei com ela, nem um tijolo foi erguido, mas mesmo assim a família jogava isso na minha cara, como se eu já tivesse feito algum pedido de casamento ou coisa do tipo... Eu nunca pedi ela em casamento pro pai dela, coisa que pra minha criação, era fundamental! Eles simplesmente decidiram que eu seria o cara que iria ocupar o cargo de marido dela sem nem me pedir autorização. O terreno, na cabeça deles, devia ser o dote... Mal sabiam que se o problema fosse lugar pra morar, minha família teria pelo menos duas opções de casa pra gente ficar. O que eles nunca entenderam era que essa nunca foi minha intenção. Outra coisa que a Sra. E. Rocha falava era que quando ela tirasse carta, o pai daria um carro pra ela. Aí, quem iria dirigir o carango? Sinceramente, se não fossem as chantagens emocionais que ela fez, com certeza não teria sido esses bens que me segurariam ali. Eu entendo o valor das coisas; o que eles não entenderam era que minha decisão não tinha um preço.