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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

O chapéu que eu gostava

Eu tinha esse chapéu que eu gostava muito. Era de feltro, marron, tipo o chapéu do Indiana Jones. Eu tinha achado na rua. Eu contei para M. Rocha e ela ficou com muito, muito nojo e disse que não ia andar do meu lado se eu estivesse usando o chapéu. Mesmo assim ela saiu comigo, mas se recusou a segurar na minha mão, em público, enquanto eu estivesse usando o chapéu. Ainda disse que se eu usasse o chapéu, eu ia terminar calvo!! Ela sabia que isso me afetava...
Em uma das ocasiões, eu vi quanta vergonha ela estava e tirei o chapéu. Aí, quando cheguei em casa, eu briguei com ela: disse que se ela tinha vergonha de sair comigo do jeito que eu era, por que ela não largava de mim então??
E ela não largou. E continuou fazendo as caras de nojo quando eu usava o chapéu. Eu não entendia. Eu não era um acessório pra ser bonitinho. Eu tinha minhas vontades também.
Além de não largar de mim, ainda correu trás de mim e me chantageou o quanto pode. Hoje me pergunto se ela realmente gostou de mim, ou gostou do fato de ter um bocó com carteira recheada andando com ela, pra cima e pra baixo pra ela mostrar pros outros que não era uma pessoa sozinha, quando na verdade, nunca o deixou de ser.